Uso oral do óleo de linhaça para síndrome de Sjögren


Uso oral do óleo de linhaça (Linum usitatissimum) no tratamento do olhoseco de pacientesportadores da síndrome de Sjögren



Manuel Neuzimar Pinheiro Jr.I; Procópio Miguel dos SantosII; Regina Cândido Ribeiro dos SantosIII; Jeison de Nadai BarrosIV; Luiz Fernando PassosV; José Cardoso NetoVI
IDoutor em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília - UnB - Brasília (DF) - Brasil
IIDoutor em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP - São Paulo (SP) - Brasil. Professor Orientador de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências da Saúde da UnB - Brasília (DF) - Brasil
IIIDoutora em Oftalmologia pela UNIFESP - São Paulo (SP) - Brasil. Professora Orientadora de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências da UnB - Brasília (DF) - Brasil
IVPós-Graduando (nível Doutorado) do Departamento de Oftalmologia - UNIFESP - São Paulo (SP) - Brasil
VMestre em Medicina Tropical pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM - Manaus (AM) - Brasil. Coordenador do Ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário Getúlio Vargas da UFAM - Manaus (AM) - Brasil
VIDoutor em Estatística pela Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil. Professor do Departamento de Estatística da UFAM - Manaus (AM) - Brasil



RESUMO
OBJETIVO: Avaliar se a utilização por via oral do óleo de linhaça (Linum usitatissimum), que diminui a inflamação na artrite reumatóide, pode auxiliar no tratamento da ceratoconjuntivite seca de portadores da síndrome de Sjögren.
MÉTODOS: Em estudo clínico randomizado, 38 pacientes do sexo feminino, com diagnóstico de artrite reumatóide ou lúpus eritematoso sistêmico associadas à ceratoconjuntivite seca e síndrome de Sjögren, provenientes do ambulatório de Reumatologia do Hospital Universitário da Universidade Federal do Amazonas, foram consecutivamente selecionadas. O diagnóstico de ceratoconjuntivite seca foi baseado em questionário para olho seco (Ocular Surface Disease Index - OSDI®), Teste I de Schirmer, tempo de quebra do filme lacrimal com fluoresceína e instilação do corante rosa bengala a 1%, com intensidade da impregnação da superfíce ocular quantificada pela escala de van Bijsterveld. Todas as pacientes tiveram a inflamação da superfície conjuntival avaliada e quantificada por interpretação de exame de citologia de impressão conjuntival antes do início e ao final do estudo. As pacientes foram divididas em três grupos: Grupo I (n=13), Grupo II (n=12) e Grupo III (n=13). O Grupo I recebeu cápsulas com dose final de 1 g/dia de óleo de linhaça, o Grupo II recebeu cápsulas com dose final de 2 g/dia de óleo de linhaça e o Grupo III - controle - recebeu cápsulas com placebo, por 180 dias.
RESULTADOS: Comparando os resultados no início e no final do tratamento, foram verificadas mudanças estatisticamente significantes (p<0,05) nos sintomas medidos pelo OSDI®, na inflamação da superfície ocular quantificada pela citologia de impressão conjuntival e nos testes I de Schirmer e tempo de quebra do filme lacrimal com fluoresceína nos Grupos I e II, quando comparados ao Grupo-controle. 
CONCLUSÃO:
 Terapia oral com óleo de linhaça, em cápsulas na dose de 1 ou 2 g/dia, reduz a inflamação da superfície ocular e melhora os sintomas de olho seco em pacientes portadores da síndrome de Sjögren. Estudos de longo prazo são necessários para confirmar o papel desta terapia como auxiliar no tratamento da ceratoconjuntivite seca de portadores da síndrome de Sjögren.
Descritores: Síndromes do olho seco; Ceratoconjuntivte seca/quimioterapia; Óleo de semente do linho/uso terapeutico; Ceratite; Síndrome de Sjögren; Lágrimas/metabolismo

Mais informações veja no site:
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-27492007000400016&script=sci_arttext

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