Os perigos da gelatina industrializada!

Já a algum tempo não comprava gelatinas aqui em casa porque toda vez que comia me sentia mal, muita azia.
Sempre fiquei intrigada com os corantes também!
Pensava! É puro corante! Não deve fazer bem a saúde!
Uma amiga viu o rótulo e me falou ! Tem aspartame! E açúcar! Pra quê?
Pais que dão muitas gelatinas a seus filhos e são alérgicas, cuidado! Não pode!
Idosos que comem muita gelatina por causa do colágeno! E os outros ingredientes? Fazem mais mal do que bem!
Vi esta postagem de uma amiga e acabei de ter a certeza do que já suspeitava!

Porque risquei as gelatinas da lista de compras

Cresci me deliciando com os sabores e a consistência das gelatinas. Aliás, elas são lindas, coloridas, brilhantes, perfumadas, além de saborosas. Sobremesa com a cara do verão, pois é levinha.
Mas as gelatinas artificiais, de caixinha, andam em baixa aqui em casa. No post que fiz sobre Novos Hábitos para 2010, sugeri, inclusive, que elas fossem riscadas da lista de compras, algo que fiz.
E explico o motivo:
Minha desconfiança com elas começou quando o pediatra dos meninos pedia para “não dar muito porque têm corante demais”, dizia ele sem dar mais explicações.
No ano passado, veio a pá de cal sobre a vida útil dessa sobremesa para os meninos. A Pro Teste (associação em defesa do consumidor)publicou um estudo com o resultado da avaliação de 11 marcas de gelatinas de caixinha.
Todas foram reprovadas! Motivo: tinham corantes demais, açúcar demais e duas das marcas avaliadas tinham, além do açúcar, adoçantes!!!!!
Sobre excesso de açúcar, todos nós estamos mais ou menos bem informadas a respeito da relação custo x benefício de seu consumo.
Mas fiquei surpresa sobre a questão dos corantes. Alguns que estavam presentes nas gelatinas testadas podem ser cancerígenos ou podem provocar hiperatividade nas crianças, caso dos corantes amarelo crepúsculo, ou reação alérgica, caso da tartrazina (amarelo-limão).
Ah! O colágeno, que seria o benefício para a saúde, presente nos produtos… Bem, segundo a Pro Teste, ele seria em quantidade muito pequena. Ou seja, não valeria a pena o consumo da gelatina por causa do colágeno.
As empresas que produzem as gelatinas dão aquela resposta padrão-besta: estamos seguindo a legislação. O que é verdade, já que a Anvisa libera o corante amarelo alaranjado (proibido na Europa e nos EUA).
Ado, ado, ado, cada um no seu quadrado. As empresas no quadrado delas. Eu no meu quadrado de consumidora. Desde do estudo da Pro Teste aboli esse produto (não posso considerá-lo alimento) da minha casa.

Para corroborar essa minha decisão, fiz uma entrevista esses dias com o médico Paulo de Tarso Lima (na foto ao lado), autor do livro Medicina Integrativa – A Cura Pelo Equilíbrio (MG Editores), que foi publicada no caderno Equilíbrio, da Folha de S.Paulo, em 14/01. O livro dele não é sobre alimentação, mas tem um capítulo a respeito do assunto e o que eu li sobre corantes (e outros aditivos alimentares) me deixou surpresa. Aproveitei a conversa e pedi a ele se era possível reproduzir aqui, no blog, pequenos trechos que ele explica porque dar comida com esses aditivos para as crianças ainda muito pequenas é ruim. Ele aceitou (fofo!).
Diz ele no livro (à página 89):
“Eles (corantes e conservantes) são tão usados em nossa alimentação diária que um europeu consome, em média, 6,5 quilos de aditivos todo ano, segundo dados da organização britânica Food Commission.”
Diz ele no livro (à página 100):
“Outro problema (além da possibilidade de provocar hiperatividade infantil) está nas doses: um grama de corante ou conservante age de forma diferente em um adulto que pesa 70 quilos e em uma criança que pesa 10 quilos. Considerando que uma criança consome quantidade de corantes similar à consumida por um adulto, concluímos que o efeito cumulativo dessas substâncias no organismo infantil é muito danoso. Sem contar que a capacidade da criança de eliminar produtos tóxicos é bem menor que a do adulto, uma vez que o fígado e algumas enzimas ainda estão em desenvolvimento.”
Diz ele no livro (ainda na página 100):
“Se é quase impossível evitar os corantes nos dias de hoje, tente ao menos reduzir seu consumo.”
Aqui em casa reduzi riscando a gelatina da lista de compras. Minha amiga Cuca Bolaffi faz gelatina com agar agar, suco natural e açúcar. No Crianças na Cozinhas, Pat Feldman deu uma receita de gelatina a partir de caldo de mocotó (rico em colágeno), que está aqui. Neide Rigo, do Come-se, também sugere uma, que está aqui.
Eu não faço nem com agar agar nem com caldo de mocotó, que parece ser um tanto trabalhosa. Mas mesmo assim achei as dicas uma alternativa valiosa para fugir dos corantes, açúcares, adoçantes.
Quem sabe não me animo e experimento uma dessas receitas. Se você fizer também, conte para nós. Vamos adorar publicar o resultado, como fizemos com os refrigerantes caseiros da Lu, a mãe do Bruno
Mas queria dizer que não sou radical a ponto de proibir os meninos de comer a gelatina sob pena de serem fuzilados com meus olhares raivosos. Passei a considerar as gelatinas aquele tipo de coisa que se come de vez em quando, nas festinhas de criança, caso dos refris.
Não são mais sobremesa para frequentar esta casa toda semana. O que é uma pena porque elas são tão lindinhas e saborosas!
Tem este blog também com receitas de gelatinas naturais ! 



Comentários

  1. Gostei deste seu "post" e da matéria do blogue.
    Se vir a comunidade "Ñão aditivados" no "Google+" terá lá informação acerca de corantes e outras substâncias no ser humano.

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