Contaminação Cruzada


Alerta-Denise_Godinho_Sabor_Sem_Gluten

NÃO CONTÉM GLÚTEN PODE NÃO SIGNIFICAR 100% SEM GLÚTEN


Pessoas com Doença Celíaca, alergia e intolerância ao glúten ou mesmo as que seguem um estilo de vida sem glúten precisam se preocupar tanto com a eliminação dos grãos proibidos (trigo, centeio, cevada, aveia e derivados) como também com a CONTAMINAÇÃO CRUZADA dos alimentos sem glúten.
Podemos estar ingerindo alimentos produzidos sem o glúten, mas contaminado por ele. Como assim?
A contaminação cruzada é um grande problema na indústria de alimentos, em especial em padarias comuns, não exclusivas.
É uma transferência de traços ou partículas de glúten de um alimento para outro alimento, diretamente ou indiretamente. A contaminação cruzada pode ocorrer na área de manipulação de alimentos, mas também pode ocorrer durante o plantio, colheita, armazenamento, beneficiamento, industrialização e no transporte desse produto.
O pó da farinha de trigo no ar, equipamentos compartilhados com partículas de poeira de farinha, o uso comum de utensílios e equipamentos, limpeza inadequada e falta de programação de produção de alimentos sem glúten x com glúten, transporte dos alimentos em área que está sendo produzidos alimentos com glúten são as principais causas de contaminação cruzada de produtos sem glúten.

O pó da farinha de trigo pode ficar no ar por 24 depois de parar de usá-lo.

Portanto mesmo que você trabalha muito duro para preparar um delicioso sanduíche sem glúten e depois o coloca numa mesa com migalhas de pães com glúten, você estará comento um sanduíche com glúten e seus esforços para encontrar e reunir produtos sem glúten foram todos em vão.
O CODEX ALIMENTARIUS determinou a partir de 2008 que todos os produtos alimentícios com menos de 20 ppm (partes por milhão) de glúten podem ser considerados aptos para a maioria dos celíacos e receber a inscrição “Não contém glúten”. O Brasil segue o CODEX ALIMENTARIUS.
Entendendo o que equivale 20 ppm de glúten em miligramas: peguem 1 pacotinho de 1 grama de sal (desses de restaurante) e dividam em 1.000 (mil) partes (vai ser preciso pinça e lupa !) – agora tentem identificar 20 partes dentro dessas mil que você dividiu. Conseguiu separar ou imaginar? Isso representa 20 miligramas.
Tentem pensar que tem pessoas que passam mal comendo coisas com menos de 15 ppm de glúten. Aquele farelinho que caiu do pão francês ou do biscoito pode ser suficiente para adoecer um celíaco !
Essa explicação acima é apenas uma ilustração, pois na prática os ppm são medidos em soluções onde o produto foi triturado até virar pó e dissolvido em líquido. Mas dá para termos uma idéia do que pode ser considerado “traços de glúten”.
Uma sugestão é sempre ler cuidadosamente os ingredientes dos rótulos. Como também procurar o SAC da empresa que fornece o produto afim de esclarecer qualquer dúvida sobre o produto a ser consumido.

Fonte: Fenacelbra
Manual de Boas práticas da CBAN CENTRO BRASILEIRO DE APOIO NUTRICIONAL
ASSOCIAÇÃO DOS CELÍACOS DO BRASIL
http://denisegodinho.com/alerta-de-contaminacao-cruzada/

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