Como Comungar!!



Comunhão Eucarística dos celíacos

A doença celíaca impede seus portadores de ingerir produto que contenha glúten, como alimentos feitos com farinha de trigo, centeio, veia etc.
No Paraná há mil celíacos registrados. Temos pessoas com essa doença em Foz do Iguaçu.
Os Católicos portadores com essa doença, como comungar? Para a maioria deles, mesmo em pequenas doses, o glúten presente na partícula provoca reações. Quando o Sacerdote conhece o drama dos celíacos, permite-lhe comungar sob a espécie do vinho.
Os Cânones 924 e 925 do CDC falam sobre as matérias para a consagração e a distribuição das sagradas espécies na Comunhão. Assim sendo, as partículas não podem ser feitas com outra farinha a não ser da farinha de trigo.
A Congregação para Doutrina da Fé diz que compete ao Bispo Diocesano orientar a comunhão somente sob a espécie do vinho.

Diante disso comunicamos:
1.      Quando o Sacerdote de Foz do Iguaçu for procurado por celíaco exponha as normas acima;
2.      Possibilite a comunhão sob espécie de vinho;
3.      Os celíacos comuniquem ao sacerdote, no início da Missa, que desejam comungar;
4.      A paróquia providencie mini-cálices, semelhantes aos usados para licor. A colher, embora seja prevista na liturgia, o não uso dela afasta a idéia de remédio comum, sobretudo para a mentalidade das crianças, catequeticamente seria melhor usar o mini-cálice. A purificação do mini-cálice seria fácil em uma bacia tipo das lavandas usadas na Missa e a água seria lançada (na antiga piscina) como continua determinando a Instrução Sacramento da Redenção nº 120 de 25-03-2004;
5.      Gostaria de lembrar que além do problema do glúten no cereal precisa ser pensada esta situação somada à do diabético e do abstêmio. Hoje temos vinho sem açúcar e sem álcool como o da marca La Dorni que é aprovada.

Tais medidas passaram pelo parecer de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo Metropolitano do Belo Horizonte-MG e Presidente da Comissão para Doutrina da Fé – CNBB  no dia 7/4/2011.

Com essas medidas todos poderão ser atendidos à mesa Eucarística sem perigo de problemas para a saúde.
Que todos os Padres  e  equipes litúrgicas tomem conhecimento destas orientações e as tornem públicas!
Dom Dirceu Vegini
Bispo Diocesano 


Símbolo e Significado
De acordo com Heber Zenun, Professor de Teologia da Faculdade Teológica do Instituto Batista de Educação, em Florianópolis, Santa Catarina, a maioria das religiões cristãs tem algum ritual de comunhão. As Evangélicas, por exemplo, costumam realizar Ceias, nas quais os fiéis compartilham pães e vinho. Heber é também pastor da Igreja Batista da Trindade, em Florianópolis, e explica que, ao partilhar o pão e o vinho durante os cultos, o fiel se liberta para conhecer Deus e Jesus. “O símbolo do pão não pode ser maior do que seu significado”, explica ele, “por isso, na nossa comunidade, qualquer pessoa celíaca pode conversar com o pastor e solicitar pão sem glúten. O importante é comungar e sentir a celebração a Jesus, não importa se o pão é de trigo ou de milho”, diz ele.
Pão Sem Glúten Para Todos!
Gláucia Esteves, que é Evangélica e fundadora da ACELBRA de Alagoas, tem uma história curiosa e feliz para contar. Ela é tia e irmã de celíacas e membro da Igreja Batista do Farol, em Maceió, Alagoas. Quando sua sobrinha e sua irmã receberam diagnóstico de doença celíaca, pediram ao pastor que oferecesse a elas e a outros fiéis com a mesma necessidade uma pequena bandeja com pão sem glúten durante o culto. Para sua surpresa, o pastor determinou que a partir daquele momento, todos na comunidade passariam a comungar com pão sem glúten. “Ele nos disse que não queria segregar os celíacos e sim incluí-los na comunidade da Igreja Batista do Farol”, conta Gláucia, satisfeita.
Pao sem GlutenDesde setembro de 2009, Gláucia é responsável por fazer os pães sem glúten para a Ceia. “Tem sido uma honra e um desafio”, conta ela, que afirma estar recebendo um retorno muito positivo dos fiéis. “Muitos me perguntam a receita para fazer em casa”, diz Gláucia, feliz em poder divulgar as dificuldades da doença celíaca no meio Evangélico.
O pastor e professor de Teologia Heber Zenun ressalta que, ao contrário do catolicismo, não existe nenhuma exigência nas outras religiões cristãs, sejam evangélicas, protestantes, presbiterianas, anglicanas, etc., do uso do trigo no pão compartilhado como comunhão. No entanto, segundo ele, pode haver alguma comunidade que aja de maneira isolada, proibindo o pão sem glúten durante os cultos. “O que procuro divulgar e ensinar a meus alunos é que a Ceia é algo simples, que celebra a relação da pessoa com Cristo. É preciso haver amor à verdade e também flexibilidade. Se alguém precisa de um alimento especial por motivos de saúde, não há motivos para recusar isso”, afirma Heber.
A Comunhão Espiritual
O Espiritismo é uma doutrina cristã, mas que, de acordo com Leani Cabral, estudiosa do Centro Espírita Lar de Joaquina, em Santa Maria, Rio Grande do Sul, não tem rituais de nenhum tipo, nem comunhão com alimentos. O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, principal obra da Doutrina Espírita, descreve a comunhão no Capítulo sobre a Lei de Adoração: “Os homens reunidos por uma comunhão de pensamentos e sentimentos têm mais força para atrair os bons Espíritos. Acontece o mesmo quando se reúnem para adorar a Deus”. “É a comunhão espiritual”, define Leani.
Uma Alegria Profunda
Comungar sem glúten continua então a ser um desafio para os celíacos católicos, religião da maior parte da população brasileira. “A conduta com relação à comunhão para os celíacos é muito pessoal, portanto, cabendo à família a decisão. Conversar com o médico, que já acompanha o paciente, ajuda a esclarecer melhor as dúvidas”, conclui a a Presidente da ACELBRA-MG.
O depoimento de Maria das Graças dos Santos Rodrigues, entregue a Ângela por escrito em 2007 e autorizado para divulgação, pode confortar e servir de exemplo a muitos celíacos. Maria das Graças é católica e, ao descobrir ser portadora da doença celíaca, sentiu uma profunda tristeza. “Chorei muito e disse ao meu médico que não poderia viver sem Jesus Eucarístico”, conta. Ela então precisou de um atestado médico para comungar com vinho e sua paróquia passou por adaptações. “Meu cálice foi separado para que não houvesse contágio da hóstia com o vinho, e com isso percebi olhares desconfiados e surgiram perguntas dos outros fiéis.” Hoje tudo isso passou e ela celebra, satisfeita, a comunhão com vinho em sua vida. “Posso afirmar que comungo o mesmo Corpo e Sangue de Jesus que os que comungam com hóstias, pois Jesus é Corpo, Sangue, Alma e Divindade”. Ela conclui dizendo acreditar que a Eucaristia transforma um fardo em algo leve e suave. Comungando com vinho aprendeu a superar as dificuldades da doença celíaca e afirma: “Da Eucaristia deve brotar uma alegria profunda, e é nessa alegria que eu vivo”.
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