Intolerância ao glúten está relacionada ao estilo de vida da mãe
Mais de 1 milhão de brasileiros sofrem com o problema. Agora,
pesquisadores da Universidade de Umeå, na Suécia, mostram que antes mesmo de
nascer podemos estar condenados a ter doença celíaca
POR Ana Luísa Fernandes EDITADO POR Tiago Jokura ATUALIZADO EM 10/11/2015
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O número de crianças portadoras
de doença celíaca, que gera intolerância ao glúten, tem
aumentado. Pesquisadores suecos investigaram em um novo estudo quais fatores
relacionados ao estilo de vida, principalmente da mãe, poderiam ter a ver com
esse crescimento. Os resultados ligaram os casos com cesáreas,
infecções urinárias durante a gravidez e local de nascimento dos bebês.
De acordo com
Fredinah Namatovu, um dos pesquisadores, "isso pode indicar que esses fatores
contribuem para o desenvolvimento de microorganismos patogênicos desfavoráveis
durante o início da vida - um fator associado ao desenvolvimento da doença celíaca".
Isso quer dizer que a doença está relacionada com a alteração do microbioma
humano, ou as bactérias que vivem dentro de nós. O parto por cesariana, por
exemplo, impede que o bebê receba microorganismos importantes do canal vaginal
materno. Algumas ações que visam a prevenção da doença se apoiam nas campanhas
que promovem o parto normal e a redução do uso de antibióticos.
Wikimedia Commons
O estudo também apontou que a exposição a infecções virais também é um
fator de risco. Os cientistas observaram que crianças nascidas no sul da Suécia
tinham um risco maior de desenvolver a doença. Namatovu explica: "Entre os
médicos suecos sabe-se que as epidemias anuais do vírus sincicial respiratório
(VSR) normalmente começam no sul e depois de espalham para o norte, o que
aumenta a força da hipótese das infecções virais".
http://super.abril.com.br/gluten
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